O governador Rodrigo Garcia e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, anunciaram, em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira, 4 de maio, que o estado de São Paulo vai deflagrar a Operação Sufoco para ter a segurança reforçada com o dobro do policiamento atual (5 mil agentes), chegando a 9,7 mil policiais.
“Eu quero deixar um aviso muito claro a esses bandidos: que eles mudem de profissão ou mudem de estado, porque a polícia vai atrás de cada um deles. Quem cometer crime aqui em São Paulo vai ser preso. O bandido que levantar arma para polícia vai levar bala da polícia que, dentro dos limites da lei, vai agir com muito rigor em relação à criminalidade”, declarou o governador aos jornalistas, também explicitando que, em conjunto com empresas de entrega por aplicativo, as Polícias definiram um sistema de segurança e de fiscalização dos motofretistas para evitar que criminosos continuem se vestindo como esses profissionais para aplicarem golpes e realizarem roubos.
Na cidade de São Paulo, a Operação Sufoco englobará ações integradas das polícias Militar e Civil, bem como da Guarda Civil Metropolitana (GCM). O contingente ampliado compreenderá de 1,5 mil viaturas a mais nas ruas, sendo 500 para pronta-resposta às demandas da população. Haverá também o uso de seis helicópteros: cinco aeronaves da Polícia Militar e uma da Polícia Civil.
“O aumento do efetivo nas ruas da capital será possibilitado por uma ampliação na quantidade das vagas em programas que permitem que policiais atuem em jornadas extras, ou seja, em seu horário de folga. Neste plano, estarão incluídas as Diárias Especiais por Jornada Extraordinária de Trabalho para a Polícia Militar e a Polícia Civil (Dejem e Dejec, respectivamente), assim como a Atividade Delegada. O investimento mensal será de R$ 41,8 milhões no pagamento das jornadas extras dos policiais e na utilização das viaturas e das aeronaves”, esclarece o comunicado à imprensa do Portal do Governo. Tanto a Dejem como a Dejec correspondem a uma diária de oito horas contínuas de atividade policial, com um limite máximo de dez diárias mensais para cada profissional e pagamento realizado pelo Estado. O mesmo sistema ocorre com a Atividade Delegada, que existe desde 2009 na capital e tem o pagamento efetuado pela Prefeitura.
Por seu turno, a Guarda Civil Metropolitana vai colocar 750 homens a mais nas ruas, por meio do pagamento da Diária Especial de Atividade Complementar. Hoje, a média de guardas municipais nas ruas diariamente é de 1.824 homens, segundo informações do Portal do Governo. Com a Operação Sufoco, esse número saltará para 2.574 por dia.
Combate aos fake delivery men
Um convênio entre o Governo de São Paulo e as empresas para compartilhamento dos bancos de dados dos aplicativos com o Detecta, sistema de monitoramento inteligente do Governo do Estado composto pelo monitoramento de câmeras combinado com o maior banco de dados de informações policiais da América Latina, entrou em vigor para combater os crimes realizados pelos falsos motofretistas.
A troca da base de dados será incorporada para facilitar a identificação de falsos entregadores de delivery, que utilizam mochilas dos aplicativos de entrega para não chamar a atenção e praticar crimes. Será realizada também uma campanha de conscientização sobre os serviços de entrega por aplicativos, em uma parceria entre o Governo do Estado e as empresas da área. E continuarão a ser feitas as blitze, que abordaram mais de 740 veículos entre sexta-feira (29/4) e sábado (30/4). As medidas anunciadas se somam a outras que têm por finalidade combater toda modalidade criminosa, com um olhar atento aos crimes patrimoniais e os cometidos por falsos entregadores de delivery. Uma delas é a Operação Capital Mais Segura, iniciada no dia 21 de março, com a integração da PM, PC e GCM, e que já foi responsável pela apreensão de 45 veículos e a detenção de 100 pessoas.
Fonte: Portal do Governo do Estado de São Paulo
Fotos: Comunicação Social (Governo do Estado de São Paulo)
