Na era tecnológica, praticamente toda a sociedade evoluiu, e com ela, infelizmente, o crime organizado também. Atualmente, drones são utilizados pelos bandidos como “pombos-correios” para levar aos comparsas presos, celulares, drogas, cartas etc.
E para combater essa nova artimanha do crime, o governo de São Paulo comprou, pela primeira vez, dez pequenas aronaves, chamados também de VANT (veículos aéreos não tripulado) para monitorar penitenciárias do estado e evitar fuga de presos, além de barrar essas encomendas da prisão.
Os drones foram adquiridos pela Secretaria Estadual da Administração Penitenciária (SAP), por R$ 157,5 mil e monitorarão pontos estratégicos de São Paulo. Por questões de segurança, os locais não foram divulgados.
De acordo Secretaria Estadual da Administração Penitenciária, o objetivo é que os essas aeronaves sejam utilizados em circunstâncias pontuais ou emergenciais, como evasão de presos, varredura nos telhados ou verificação de veículos suspeitos rondando os presídios. Num total, o estado de São Paulo tem 168 unidades prisionais, como penitenciárias, centros de detenção provisória, progressão e de ressocialização.
Aparelhos
Os modelos que serão utilizados são do tipo quadricóptero (quatro motores) e contemplam câmera de filmagem, controle remoto e tablet, entre outros acessórios. Com uma autonomia de 28 minutos no ar, voa no máximo a 72 km/h e atingem até 1,5 km de altura. Dez agentes são treinados para operar os aparelhos que substituirão ou ao menos reduzir o uso de helicópteros da Polícia Militar. Como a SAP não dispunha de nenhuma aeronave, ficava à cargo da Polícia Militar de fazer a varredura aérea durante os motins.
“Os drones irão complementar os mecanismos de segurança já existentes e aperfeiçoá-los. Como exemplo, posso citar a Operação Ethos, que teve início quando conseguimos apreender uma ‘pipa’ que estava sobre o telhado da Penitenciária II de Presidente Venceslau, num local de difícil acesso para os agentes”, afirmou o secretário da Administração Penitenciária, Lourival Gomes, citando a interceptação de uma carta que seria enviada por advogados aos presos.
Outros estados do país já usam os drones para monitorar presídios, como por exemplo, Ceará e Mato Grosso do Sul, além da Força Nacional de Segurança, vinculada ao Ministério da Justiça.