Devido à maior crise política do governo Temer, quando em maio, vazou um áudio do presidente da República numa conversa comprometedora com Joesley Batista, um dos donos do grupo JBS, as reformas de Temer começaram a perder força. Entre elas, uma das mais discutidas e que gera as maiores dúvidas na população, a reforma da previdência.
O cenário ainda é de muita desconfiança e de pouco esclarecimento de como ela acontecerá. Quando a reforma foi proposta no início do segundo semestre de 2016, previa-se que homens e mulheres deveriam se aposentar com 65 anos, e se quisessem aposentadoria integral, deveriam contribuir por 49 anos.
REFORMA DA PREVIDÊNCIA MILITAR
Se tratando da reforma da previdência militar, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, exigiu também uma idade mínima para a aposentadoria.
“Deve haver uma idade mínima. Se deve fixar uma idade mínima para militares”, disse o ministro.
Para estar ativos, Jungmann disse que os militares precisam estar em boas condições físicas, explicando que é esse um dos motivos para que a categoria entre num regime previdenciário diferente das demais categorias. “Do militar se exige uma plena capacidade”, explicou.
A intenção é de estabelecer idade mínima geral de 55 anos tanto para homens quanto para mulheres. Então, o governo decidiu que a reforma dos militares teria de incluir idade mínima, tempo maior de contribuição e teto para o pagamento da aposentadoria. Inicialmente, a intenção era que a idade mínima fosse a mesma dos demais servidores, assim como o tempo de contribuição.
Porém, num cenário bem adverso às mudanças já propostas, é bem provável que o governo volte a falar sobre a reforma da previdência, seja para civis ou militares, somente em 2019.