Com a ajuda da FAB (Força Aérea Brasileira), os estados de São Paulo e Rio de Janeiro realizaram nos dias 30 de Novembro e 01 de Dezembro a troca de 157 presos que seriam integrantes das facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho). O motivo da troca de presídio destes condenados foi para evitar uma “guerra declarada” que fora detectada por órgãos de inteligência da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) paulista.
O órgão que administra os presídios de São Paulo informou ao portal UOL que, caso não houvesse a troca de 90 membros do CV para o Rio, e de 67 integrantes do PCC a São Paulo, “poderia haver assassinatos violentos de presos dentro dos estabelecimentos penais”, semelhante ao acontecido no início de 2017 nas penitenciárias do Norte e Nordeste do Brasil.
A identificação dos presidiários ocorreu em outubro de 2016. Durante esse processo, 90 homens presos na penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, foram identificados do Comando Vermelho. O presídio detém parte da cúpula do PCC.
Com isso, a SAP determinou a transferência destes 90 presos para o presídio de Florínea, também no interior do Estado. “No entanto, através de todas as informações obtidas pelo secretário da Administração Penitenciária, foi concluído que de forma alguma poderiam permanecer em estabelecimentos penais paulistas, pois a qualquer hora poderiam ser atacados e barbaramente assassinados”, informou a SAP, em nota.
Os 90 membros do CV que estavam presos em São Paulo foram identificados por três aspectos: identificação por análise de tatuagens; verificação de prontuários penitenciários para saber se nasceram no Rio e/ou que cumpriram pena em prisões cariocas; e, por último, identificação através do sotaque. No dia 12 de abril deste ano, secretários de SP e Rio se reuniram e decidiram trocar os membros fluminenses detidos em São Paulo com os integrantes paulistas detidos no Rio. Juízes dos dois Estados aprovaram a troca.