Um dos belíssimos temas representados na obra plástica de Candido Portinari é o corpo negro. Nada mais epifânico, portanto, do que as ações programadas para acontecer no Museu Casa de Portinari, a partir deste sábado, 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.
Em uma roda de conversa, que se iniciará às 10:00, a professora Gonçalves Lima Rosa apresentará, no museu, a história de vida da Dra. Maria do Carmo Valério Nicolau, uma mulher negra, nascida em Brodowski, em 1932, que conseguiu ingressar na escola como ouvinte e tornou-se professora, advogada, jornalista, escritora e empresária. A marca Muene, fundada por ela e conhecida internacionalmente, é precursora em produzir maquiagem para a pele negra.
O retrato feito por Candido Portinari do trabalho e da vida do negro em suas obras sempre buscou demonstrar a força do negro no processo cultural e na formação popular dos costumes brasileiros, ressaltando que o Brasil foi construído por muitas mãos trabalhadoras. Por isso, em celebração à data, a instituição também compartilhará, em mídias sociais, obras do artista que aludem à cultura e aos corpos negros.
Na sequência, às 12:00, o poema “Dia Nacional da Consciência Negra”, de Vanderlei F. Alves, abrilhantará a programação que, no domingo, 21, das 10:00 às 11:30, exibe o projeto “Sons para Portinari”, com músicos ao vivo na esplanada no museu: o brodowskiano Mario Ferreira e amigos interpretando MPB, Chorinho e Bossa Nova ao som de saxofones.
O Museu Candido Portinari está aberto para visitação presencial de terça-feira a domingo, das 9:00 às 18:00 (às quartas-feiras, fecha somente às 20:00).
Mais informações no site www.museucasadeportinari.org.br.