A empresa turca Girsan, desconhecida no mercado nacional de armas, venceu uma licitação internacional da Polícia Militar de São Paulo para fornecimento de 5.000 pistolas .40 para a tropa de choque.
Agora, as pistolas passarão por uma bateria de testes de funcionamento e durabilidade. Se aprovadas, a Girsan será declarada então fornecedora oficial.
De acordo com a PM, a Girsan ofereceu um preço final de R$ 1.176 por unidade (com carregadores). Além desta, outra empresa participou da disputa, a famosa Beretta, mas o preço oficial da marca italiana foi de R$ 1.609,50.
“Não teremos nenhum lucro, mas essa venda é muito importante porque acaba com a reserva de mercado que existia”, disse Raphael Hakuk, um dos representantes da empresa no Brasil.
Nessa declaração, Raphael Hakuk se refere à exclusão da Taurus nas vendas de pistolas. Essa será a primeira vez em 20 anos que a Polícia Militar de São Paulo, a maior compradora desse tipo de armamento do país, não obterá nenhuma nova arma da Taurus, abrindo concorrência internacional para compra de pistolas para a tropa. Desde 2012, a PM-SP desembolsou cerca de R$ 29 milhões.
Devido ao mal funcionamento, as submetralhadoras da Taurus permanecem dentro de caixas há anos. No total, a empresa vendeu 6.000 submetralhadoras à corporação, num valor estimado de R$ 30 milhões. Com isso, a empresa nacional está impedida de contratar com o Estado por dois anos.
Já a licitação internacional vencida pela Girsan teve autorização especial do Exército. A data para o início dos testes ainda não foi divulgada.