Segundo matéria da Gazeta de São Paulo de 03/02, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) custará aos cofres públicos R$ 1,18 bilhão em 2018. Esse número representa 4,5% a mais que do ano passado com R$ 1,13 bilhão. Só para constar, cada lei aprovada pelo Poder Legislativo nos últimos dois anos custou R$ 4 milhões. Dos projetos elaborados e apreciados pelos deputados, aproximadamente 80% são para denominação de ruas. Além disso, outros temas de pouca importância foram sancionados, como por exemplo a Lei Estadual nº 16.550, do “Dia da Memória Pet”. Contabilizando, cada um dos 94 deputados dispõe de uma elevada estrutura composta por salários de R$ 25.322,25, mais auxílio gabinete mensal de R$ 31.337,50 para gastos diversos, equipe de 16 a 32 cargos com dedicação exclusiva ao deputado além de gratificação especial de desempenho para si e sua equipe, que varia de R$ 520 a R$ 5.200 mensais.Se isso não bastasse, os deputados contam ainda com a cessão de servidores comissionados de outros órgãos, reembolso integral de despesas com saúde, um ou mais escritórios na Alesp, um veículo de uso exclusivo e impressão pela gráfica da Alesp e direito ao uso de sua estrutura para realização de eventos. No total, a Alesp conta com 3,8 mil funcionários na ativa, sendo 3,3 mil comissionados nomeados por indicação e mais 500 funcionários efetivos, estes últimos concursados. Juntos com os servidores inativos, o estado paga R$ 1 bilhão em despesas de pessoal e auxílios por ano. Só para se ter uma ideia, toda a estrutura do governo federal dos Estados Unidos conta com 4 mil cargos comissionados. A Assembleia Estadual de Nova Iorque custa por ano o equivalente a R$ 715 milhões, cerca de 60% do custo da Alesp. Durante quatro anos, a Alesp gasta o equivalente a construção de 225 creches, a manutenção anual de 10 hospitais ou a todo o orçamento da Secretaria Municipal de Assistência Social de São Paulo anualmente.
Alto custo benefício dos deputados
Segundo Leonardo Sales, mestre em economia do setor público pela Universidade de Brasília (UnB), a Alesp é apenas o 8º legislativo estadual mais eficiente do Brasil. De acordo com os números, cada deputado cria, em média, 2,8 leis por ano, custando cerca de 24,25 por habitante paulista.