O resgate do cavalo Caramelo realizado pelo Corpo de Bombeiros da São Paulo na semana passada em Canoas (RS) comoveu pessoas no Brasil e além de suas fronteiras. Resiliência foi a palavra que melhor expressou a cena vista dos Céus. Não apenas como enunciação verbal sobre a sina de um cavalo. Mas também como fonte de inspiração para o povo gaúcho e todos aqueles que vivem, em seus destinos, momentos de tragédia como estamos vendo acontecer.
Todavia, o número de cidadãos e outros animais resgatados pela atuação das forças de segurança paulista continua nos surpreendendo dia após dia.
Os salvamentos são realizados em conjunto com as polícias locais, que também contam com o apoio fundamental de veterinários voluntários de São Paulo. Segundo informa a SSP, o médico Leonardo Castro é comandante da equipe de voluntários que trabalham no 15º Grupamento de Bombeiros, em Sorocaba. Ele e mais quatro profissionais passaram uma semana no estado gaúcho e participaram do resgate de quase 40 animais, entre cavalos, bois, cães e gatos.
O médico é especialista em resgate técnico de grandes animais, ou seja, quando o animal é resgatado sem nenhum tipo de lesão. Há quatro anos, dá aulas aos policiais na Escola Superior de Bombeiros (ESB) sobre instruções de salvamentos terrestre. Um dos desafios enfrentados foi o resgate do cavalo Caramelo, que começou a ser elaborado um dia antes pelas equipes. “O cavalo tem um peso considerável e o telhado estava liso, então tivemos que fazer uma aproximação bem cautelosa para o animal não escorregar e cair na água”, explicou.
Outra ocorrência indelével foi o resgate de dois cavalos que estavam na escada do segundo andar de um prédio no bairro de Fátima, em Canoas (RS). Os animais ficaram dois dias no imóvel sendo alimentados pelos moradores, que permaneceram no apartamento com medo de serem saqueados.
A Família ADEPOM, em campanha por arrecadação de doações para o Rio Grande do Sul (veja post anterior), parabeniza o trabalho exemplar dos voluntários, das forças de segurança locais do estado e de todas as equipes da PMESP a elas unidas neste momento, um momento que é de dor, mas não de imobilidade, pois exige esforços humanos e profissionais com muita coragem, resiliência, determinação e fé. Força, Brasil!
Fonte: Comunicação SSP (Wellington Nascimento)
