A Operação Salus et Dignitas (saúde e dignidade), deflagrada nesta terça-feira, 6 de agosto, pelas forças de segurança do Estado de São Paulo, terminou com um total de 15 presos, sendo 10 em flagrante e 5 por mandado judicial, além de 56 imóveis interditados, segundo informa a Secretaria de Segurança Pública (SSP). Essas edificações eram usadas para hospedar práticas ilegais de uma facção criminosa, como armazenamento de armas, drogas e até como casas de prostituição, além de colaborarem para a lavagem de dinheiro do tráfico.
De acordo com o boletim da SSP, o foco da ação, integrada com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, foi desarticular o ecossistema e a logística do crime organizado em diferentes pontos do centro da capital paulista, bem como acabar com a violação de direitos humanos na região. As investigações começaram há um ano. No período, as autoridades descobriram que os criminosos usavam a estrutura comercial da região para fomentar o tráfico de drogas e fazer a lavagem de capitais.
“O objetivo da operação foi cortar os canais que alimentam o crime organizado na região central da cidade. Os dependentes químicos e a população são vítimas desse ecossistema do tráfico. Queremos desidratar paulatinamente este movimento e devolver a região para as pessoas”, destacou o secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, no mesmo boletim.
As Polícias Civil e Militar do Estado contaram com um efetivo de mais de 1,2 mil agentes na operação, com o apoio de 377 viaturas, duas aeronaves e 30 cães farejadores. Os dados finais apontam para a apreensão de 348 munições, 122 celulares, 78 veículos, 35 computadores, 22 quilos de drogas, oito radiocomunicadores, três armas e dois simulacros. As equipes ainda apreenderam mais de R$ 264 mil em espécie, dinheiro obtido pela quadrilha com o tráfico de drogas.
Ao todo, na ação foram cumpridos 117 mandados de busca e apreensão e sete de prisão. Dois suspeitos estão foragidos.
Fonte e imagem: Portal do Governo de SP