Estudos da FIESP (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) revelam que o mercado ilícito dos setores de alimentos, bebidas, automotivo, brinquedos, eletrônicos, higiene, medicamentos, químicos, tabaco e vestuário movimentou mais de R$ 15 bilhões no estado de São Paulo em 2016, valor este 14% maior que em 2015. A consequência disso é que quase 90 mil empregos formais deixaram de ser gerados.
O tabaco é o maior produto deste mercado negro, movimentou neste período ilegal, R$ 5,89 bilhões. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com dados apresentados no Fórum de Tabagismo da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), cerca de 30% dos cigarros consumidos no Brasil são falsificados ou contrabandeados. Estudiosos enfatizam que com a crise econômica, aumentou o consumo destes produtos. As classes sociais que mais compram produtos do mercado negro são as C, D e E.
“O povo brasileiro não quer combater comércio ilegal. Todas as pesquisas feitas mostram que os brasileiros acham interessante comprar um produto mais barato. Muitos acreditam que não há problema comprar produtos contrabandeados, ou até roubados, desde seja vantajoso para o bolso”, diz Edson Vismora, presidente do Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial e do Fórum Nacional Contra a Pirataria e a Ilegalidade (FNCP).Uma grande parte desses produtos são vendidos através de e-commerce (online). “O volume estimado de negociáveis online que correspondem à produtos falsificados ou contrabandeados é de aproximadamente R$ 20 bilhões”.