A Comissão de Segurança Pública e Assuntos Penitenciários da Assembleia Legislativa de São Paulo recebeu o secretário estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite, ontem à tarde, 1º de março. Em reunião ordinária destinada à prestação de contas do responsável pela pasta, o agente público fez um balanço dos primeiros meses de Governo.
De acordo com o boletim da Alesp, além de apresentar estratégias adotadas pela Secretaria, em parceria com outras pastas e órgãos, o secretário respondeu aos questionamentos feitos por parlamentares e explicou a linha de trabalho seguida, que não envolve o incentivo à violência nas operações policiais. “Não vamos estimular o confronto”, enfatizou. O procedimento de apresentação dos resultados das secretarias perante as comissões da Alesp está previsto na Constituição Estadual.
O secretário Derrite iniciou a prestação de contas expondo os principais indicadores de criminalidade de 2023. Ele destacou que, no mês de janeiro, houve redução nos números de casos, em relação ao mesmo período de 2020 (o último sem as medidas restritivas de combate à pandemia). As maiores reduções foram registradas nos roubos (20.877 ocorrências, 13% menos que em janeiro de 2020) e roubos de veículos (3.179 queixas, índice 13,2% menor). Também houve queda nos assassinatos e estupros.
“Entendemos que a produtividade operacional foi o principal fator para esse resultado positivo no mês de janeiro. Tivemos um aumento de mais de 15% na quantidade de drogas apreendidas, mais de 800 armas retiradas das mãos de criminosos e 3.526 veículos recuperados”, afirmou o secretário, segundo o boletim. Em relação à valorização dos policiais, ele informou que foi apresentado ao governador uma proposta de melhoria dos salários, que deve priorizar, percentualmente, os profissionais da base, para tornar a carreira mais atrativa e incentivar a permanência.
Sobre a “Muralha Paulista”
O secretário detalhou também o avanço do “Muralha Paulista”, programa do governo estadual que unifica as centrais de inteligência e bases de dados das polícias de diferentes localidades. “A finalidade é integrar as iniciativas municipais ligadas ao uso de tecnologia no combate ao crime e acoplá-las ao Córtex, o sistema de vigilância do governo federal”, justificou, salientando que os dados devem ser usados em ações como a repressão à violência contra a mulher.
Fonte e imagem: Comunicação Social Alesp