Mesmo após forte divulgação dos veículos de comunicação e órgãos de saúde, os estados de São Paulo e Rio de Janeiro vacinaram 3,9 milhões de pessoas contra a febre amarela, conforme informou o Ministério da Saúde. Os números representam apenas 19,2% do público que deveria ser imunizado nos dois estados, porcentagem considerável muito abaixo do esperado.
O Ministério da Saúde previa vacinar 10,3 milhões em 54 municípios de São Paulo e 10 milhões em 15 municípios do Rio de Janeiro. Durante a campanha foram aplicadas vacinas inteiras e fracionadas.
Segundo o boletim do órgão, em São Paulo foram 2,7 milhões de pessoas (26% do público-alvo).
A baixa adesão à campanha motivou o órgão a reforçar a importância da vacinação. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, alertou para a necessidade de ampliar a cobertura vacinal.
“Fazemos um apelo para que a população compareça às unidades de saúde. A campanha está pronta. É importante que a população compareça para que a nós alcancemos a cobertura vacinal prevista de acima de 90% nessas áreas onde as vigilâncias estaduais determinaram que deve haver vacinação de pessoas.”
Pessoas que não tomaram a vacina disseram que não o fizeram por saber de casos de pessoas que foram imunizadas e passaram mal logo em seguida, outra disseram que não moram nem frequentam áreas de risco. Informações falsas em sites não confiáveis e boatos em redes sociais dizendo que a vacina contra a febre amarela deixaria pessoas doentes e poderia até matar, afastou um grande número de pessoas.
Especialistas da saúde reforçam que algumas pessoas podem reagir de maneira contrária à vacina, mas esse número não chega a 1%.
Infecções e mortes
O ministério também divulgou o número de casos e mortes por febre amarela no Brasil. Ao todo, foram 409 casos confirmados da doença, sendo que 118 pessoas morreram devido à infecção no período de 1º de julho de 2017 a 15 de fevereiro de 2018.